Fisiologia...

As vontades que todos nós temos, sabemo-as todos.
Uns de ir, outros de ficar; outros tantos de nem pensar nisso, enquanto uns só pensam em morrer em versos.
Vontade pra mim, sempre foi força propulsora de vida e movimento!
Qual é a sua? Pelo que você vibra?
Uma das minhas muitas é estar aqui em formato de palavras, tentando me entender por inteiro.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Minas Gerais num fim de semana...

Estive em Minas nesse fim de semana.
Minas Gerais, corre baixinho, fala devagar...
Olha nos olhos e não liga se não vê muito! Pois vê tudo!
Muda pouco, mas muda a gente!
As montanhas me gritaram de volta, me chamaram por nome e alcunha
quase me seduziram, a escalar-lhes de novo seus seios fartos,
a pegar de novo a trilha, que leva pra lugares onde poucos se deixam ir! Que traz pra alma, o canto dos regatos e o silvo das asas das grande aves...
Minas me chama sempre, quando posso vou...Mas dói ter que voltar!
Deixar pra trás lembranças e imagens, que teimam em não se despedir!
E quando me vim...só não olhei pra trás, pra não chorar....

Depois do almoço

As panelas dependuradas, me mostravam que o almoço já foi, que já houve cafezinho e conversa jogada fora. Que a tarde ardia com seu silêncio das sessões da tarde...Restava-me esperar pela noite. Pelo escuro que faz gatos dorminhocos subirem paredes e embrenharem-se em quintais alheios. Talvez houvesse ali alimento para a alma, que insistia em roncar com seu estômago faminto. Sobravam; esperança, poesia que ainda não se escrevia...e lembranças de tudo que se havia por vir...
Panelas dependuradas, limpas...algumas brilhando, outras nem tanto. Me faziam lembrar que almoço já houve, que família se reuniu; que houve risos, festa e mais lembranças a se guardar...
De vez em quando me pendurava também, pra ver e contar depois, tudo que se passava ali....

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pequena Ana Liz




Ela não devia se chamar Ana Liz, mas Ana Luz!
Aonde ela está tudo brilha, principalmente os olhos dos pais!
Eu que tenho a grata oportunidade de conviver com ela algumas horas toda semana, já sinto meu olhar mais claro, enxergando mais longe...e, coisas que outrora não via!
A essência da infância, misturada a tudo por vir a ser!
Felicidade e beleza caminhando juntas numa mesma alma infantil!
Brilhe Ana Liz!
E nos ensine como iluminarmos aos menos nossos próprios caminhos!

O sol vai se pôr em 5 minutos....

A tarde continuava vazia!
Esperava meus amigos e meus primos, para brincarmos de subir em árvores numa chácara que existia em frente de casa. Afinal a tarde não começa se estamos sozinhos...Chegavam aos poucos, todos sorridentes e vivos, e aos poucos iamos nos embrenhando pelas árvores. Ali vivíamos um mundo à parte, ao menos eu acho que vivia. Senhores do tempo e de nossas ações, perambulávamos entre mangas, pitangas,cerejas, amoras e goiabas...cada uma a seu tempo; entre piques-esconde, e pegas-pegas, entre soltar pipas e correr atrás delas, elas sempre se iam com o vento... Bocas e mãos lambuzadas de tanta natureza junta...éramos felizes! Pelo menos eu era! O tempo não correspondia às nossas expectativas, tínhamos tanto à fazer, tantos lugares a ir, tanta aventura por viver! E ele passava por entre as sombras das folhas nos lembrando que teríamos que ir! Aos poucos iam-se todos, cada um com seu horário definido, emburrados por querer ficar mais! Meus primos também iam-se, moravam por perto, mas tinham que ir, tias bravas faziam com que se fossem! Eu gostava de ficar por último, escutando o silêncio...escutando ao longe os gritos de minha mãe...me chamando à voltar; aos quais eu respondia baixinho, esperando ver um sol se pondo de cima da copa de uma grande mangueira...só mais cinco minutos mãe! ..."só mais cinco minutos"....