Fisiologia...

As vontades que todos nós temos, sabemo-as todos.
Uns de ir, outros de ficar; outros tantos de nem pensar nisso, enquanto uns só pensam em morrer em versos.
Vontade pra mim, sempre foi força propulsora de vida e movimento!
Qual é a sua? Pelo que você vibra?
Uma das minhas muitas é estar aqui em formato de palavras, tentando me entender por inteiro.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

SILÊNCIO...

O silêncio corta a alma feito um fio de navalha que transpassa a carne...
É como se um frio invadisse o peito e a sensação de solidão viesse habitar meu corpo.
Os olhos turvos pela saudade insistem em procurar a coisa amada mesmo sabendo que em meio à escuridão ela se esconde, pelo medo maior de se expor.
Calmamente aguardo o tempo...
Amigo de todas as horas... De todos os amores...
Só o tempo pode estender a cama, fazer as malas e dizer "É hora de ir".
Hora de ir ao encontro de quem se ama.
Hora de ir para o alto dos montes de nosso coração e pensar no que nos traz paz.
Pensar no amor sincero e gratuito que se tem.
Só o tempo entende a alma que chora por não poder realizar seus desejos mais íntimos.
Só mesmo diante das constelações é que, perdida em pensamento, eu te encontro no brilho das estrelas...

Sorrindo pra mim e dizendo que me ama.
Pra sempre!...

01/03/2010 - Nani Fonseca

sábado, 23 de julho de 2011

La vem ela, a lua, da minha sala....


Ela me namora todo mês...
Vem de mansinho traz os montes...
Eu todo apagado, me vejo banhado de luz.
que entra em minha sala e fica.
Pensei em lhe cantar uma canção, mas tantos já o devem ter feito! Não queria ser mais um!
Me contento em aprecia-la! A lua, da minha sala!
E la vem ela mais uma vez...
Como quem prometeu voltar e veio!
Apago tudo! Pra que sua luz penetre atrás até de cortinas.
E faça sombra daquilo que não quero ver!
A lua da minha sala, some de vez em quando!
É comum aos especiais...
até prá deixar saudades!
Mas eu firmei um caso com ela, não assumi compromisso, mas ela assumiu comigo!
Todo mês, durante alguns dias...
Ela invade a minha sala...
E me enche de luz!
A lua, da minha sala!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Amálgama

" Apertemos os laços.

Viver é breve.

É bom que sejamos unidos

inseparáveis como a matéria do barro.

Os homens são tão sozinhos

Envelhecem cedo

secam passas de amargura.

Nós não.

Temos muitos dedos para o carinho.

Todos os dentes para o sorriso.

Apertemos os laços.

É preciso."


Rita Monteiro

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Falta...

Senti falta do que não vi...
Sozinho solucei entre o divagar e devagar...
Ao longe escutava uma cantiga de ninar.
Quem sabe alguma mãe terna, fazendo filho dormir...
Acabei embalado também nessa sonoridade muda!
Fui dormir sozinho de mim também... Não me queria por companhia!
A espera de que meu telefone tocasse dizendo: Já são 6:00 Horas...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Hoje...

‎...Através do tempo, daquilo que se foi, ou não!
Das coisas que ficaram...
Das frases que se cumpriram e das que conseguimos esquecer...
A vida é feita disso:
Da soma das idéias...
Da divisão das fobias...
...Da subtração dos erros...
E da multiplicação das virtudes!
Sei, não pareço o mesmo hoje... Mudo, se faz frio ou calor...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Meu arco e flecha...

.....

Um dia me meti a fazer um arco e flecha....
Não era lá grandes coisas..., um pedaço de taquara amarrado com uma cordinha de jogar peão... Ela até que gostou de ser usada pra esse fim! Há muito esquecida embaixo do armário da cozinha, já cheia de pó e talvez até pensando em começar a se estragar; se viu novamente prestando a algo...

O alvo, era uma caixa de Omo total vazia colocada no parapeito de uma janela, nunca foi atingido pelo insomnium de qualquer Aquiles...As minhas setas mortais!
Um tio me vendo com aquele apretrecho de guerra, pronto à ir a batalha; me prometeu um arco novo, feito por gente grande, coisa de profissional!
Por muito tempo esperei aquele arco, sabia que com um arco desses poderia me tornar até um guerreiro...Meu tio viajava muito, ou são poucas as lembranças que guardo dele, na realidade não sei!. Sei que deixei de participar de grandes embates por falta desse arco.

Até que um dia me deparei com meu tio deitado na sala, embranquecendo dentro de uma caixa de madeira, imóvel...
Confuso sem saber o que se passava, perguntei a minha mãe o porque do choro...Não ouvi resposta!
Senti que alguma coisa muito séria havia acontecido
Naquela hora nasceu no meu peito, uma paixão por mim mesmo!
Sentimento esse que os poetas chamam de "egoísmo"
...E, imediatamente pensei no meu arco e flecha.............