Fisiologia...

As vontades que todos nós temos, sabemo-as todos.
Uns de ir, outros de ficar; outros tantos de nem pensar nisso, enquanto uns só pensam em morrer em versos.
Vontade pra mim, sempre foi força propulsora de vida e movimento!
Qual é a sua? Pelo que você vibra?
Uma das minhas muitas é estar aqui em formato de palavras, tentando me entender por inteiro.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Relembrando histórias...

O gambá tem hábitos noturnos e alimenta-se de frutos silvestres, ovos e filhotes de pássaros. É conhecido como sanguinário, pois adora beber sangue. Costuma entrar em galinheiros e matar diversas galinhas, sempre atacando a jugular das mesmas, matando o maior número de galinhas, ainda que não beba o sangue de todas. Após a “farra” entra em um estado profundo de torpor. É comum ser encontrado nos galinheiros pela manhã inebriados, como que de ressaca. Daí surgiu a expressão “bêbado como um gambá”.


Dona Cotinha morava sozinha, num casario antigo, com forro e porão...
Em seu porão, morava Reinaldinho, um bebum que todos conheciam...
Em seu forro moravam gambás, família inteira, iam de dia e à noite vinham...
Dona cotinha pediu um dia a Reinaldinho, subisse ao forro e fizesse um espantão...
Desses bichos que barulhavam seu dia e sua noite sem ter menor preocupação...
Reinaldinho disse a ela - De uma garrafa de pinga vou precisar...
- Gambás, dizia ele; pode não parecer, mas também gostam de bebericar...
40 minutos se passam desde que subiu com a garrafa e pôs-se então a rir...
fsssss, os gambás ébrios faziam em família voltados pra ele, e não queriam sumir...
Rindo, gritou Dona Cotinha - Que lhe arrumasse outra garrafa. Pois essa turma não era de brincar!

...




Me disseram que nessa depressão aqui dessa terra, há muito tempo atrás existiu um lago...
Como assim perguntei?... Secou?
- Não! Vieram um bando de patos numa bela tarde e pousaram ali, mas a noite foi fria, gelada mesmo e a água virou uma pedra só de gelo!
E os patos de manhã, quando foram embora, acabaram levando o lago...
hummm... Pensei!

Essa história não é minha. Eu a ouvi a tempos atrás, ou a li, não me lembro! Mas me veio a memória hoje, por isso está ai...

Rubem Alves



Tô lendo Rubem Alves
Esse senhor sabe do que fala! São contos, poemas, crônicas...
Tá tudo tão limpo nas linhas dele que tenho medo de deixar minhas marcas ali...
Tô janelando em suas histórias e me perguntando onde estava eu que não o conheci antes?
Molda as palavras e as embrulha como presentes, e os deixa ali, pra quem
quiser levá-los...

"Os objetos amados que se perderam no tempo podem ser encontrados no espaço das ausências. É fácil chegar lá. Basta embarcar na saudade. Oração é a saudade transformada em poema." Rubem Alves

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Minha janela...




Abriu-se uma janela em meu peito...
Deixei entrar; vento, chuva e sujeira!
Queria me sentir mais perto do céu, queria ver as estrelas...
...Queria acreditar que as coisas não tem que ser como o mundo diz...
Que não existem regras, nessa cabana tão minha!
Que não se diz como fazer!
Ainda consigo acreditar nisso tudo!
É caminho novo eu sei!
...Mas um dia essa janela vai se fechar, pra que venha mais uma noite!
Vou olhar pra dentro de mim,
acender minha lareira, me aquecer de novo!
E voltar a dormir!
Não pra sonhar...
Mas pra que um novo dia chegue logo, cheio de promessas...
Só então, não mais haverá necessidade das trancas!