Fisiologia...

As vontades que todos nós temos, sabemo-as todos.
Uns de ir, outros de ficar; outros tantos de nem pensar nisso, enquanto uns só pensam em morrer em versos.
Vontade pra mim, sempre foi força propulsora de vida e movimento!
Qual é a sua? Pelo que você vibra?
Uma das minhas muitas é estar aqui em formato de palavras, tentando me entender por inteiro.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Relembrando histórias...

O gambá tem hábitos noturnos e alimenta-se de frutos silvestres, ovos e filhotes de pássaros. É conhecido como sanguinário, pois adora beber sangue. Costuma entrar em galinheiros e matar diversas galinhas, sempre atacando a jugular das mesmas, matando o maior número de galinhas, ainda que não beba o sangue de todas. Após a “farra” entra em um estado profundo de torpor. É comum ser encontrado nos galinheiros pela manhã inebriados, como que de ressaca. Daí surgiu a expressão “bêbado como um gambá”.


Dona Cotinha morava sozinha, num casario antigo, com forro e porão...
Em seu porão, morava Reinaldinho, um bebum que todos conheciam...
Em seu forro moravam gambás, família inteira, iam de dia e à noite vinham...
Dona cotinha pediu um dia a Reinaldinho, subisse ao forro e fizesse um espantão...
Desses bichos que barulhavam seu dia e sua noite sem ter menor preocupação...
Reinaldinho disse a ela - De uma garrafa de pinga vou precisar...
- Gambás, dizia ele; pode não parecer, mas também gostam de bebericar...
40 minutos se passam desde que subiu com a garrafa e pôs-se então a rir...
fsssss, os gambás ébrios faziam em família voltados pra ele, e não queriam sumir...
Rindo, gritou Dona Cotinha - Que lhe arrumasse outra garrafa. Pois essa turma não era de brincar!

...




Me disseram que nessa depressão aqui dessa terra, há muito tempo atrás existiu um lago...
Como assim perguntei?... Secou?
- Não! Vieram um bando de patos numa bela tarde e pousaram ali, mas a noite foi fria, gelada mesmo e a água virou uma pedra só de gelo!
E os patos de manhã, quando foram embora, acabaram levando o lago...
hummm... Pensei!

Essa história não é minha. Eu a ouvi a tempos atrás, ou a li, não me lembro! Mas me veio a memória hoje, por isso está ai...

Rubem Alves



Tô lendo Rubem Alves
Esse senhor sabe do que fala! São contos, poemas, crônicas...
Tá tudo tão limpo nas linhas dele que tenho medo de deixar minhas marcas ali...
Tô janelando em suas histórias e me perguntando onde estava eu que não o conheci antes?
Molda as palavras e as embrulha como presentes, e os deixa ali, pra quem
quiser levá-los...

"Os objetos amados que se perderam no tempo podem ser encontrados no espaço das ausências. É fácil chegar lá. Basta embarcar na saudade. Oração é a saudade transformada em poema." Rubem Alves

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Minha janela...




Abriu-se uma janela em meu peito...
Deixei entrar; vento, chuva e sujeira!
Queria me sentir mais perto do céu, queria ver as estrelas...
...Queria acreditar que as coisas não tem que ser como o mundo diz...
Que não existem regras, nessa cabana tão minha!
Que não se diz como fazer!
Ainda consigo acreditar nisso tudo!
É caminho novo eu sei!
...Mas um dia essa janela vai se fechar, pra que venha mais uma noite!
Vou olhar pra dentro de mim,
acender minha lareira, me aquecer de novo!
E voltar a dormir!
Não pra sonhar...
Mas pra que um novo dia chegue logo, cheio de promessas...
Só então, não mais haverá necessidade das trancas!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

...


Ah! Se o céu me dissesse um dia...
Como vai ser meu amanhã...
Talvez eu me aquietasse agora,
e não o quisesse hoje!
Sou com brasa viva a queimar-se...
Se sopra um vento, sinto-me vivo e indo mais depressa...
Pra onde já nem sei...
Não me disseram ainda,
pra onde vão as brasas depois que ficam cinzas! ...

Minha desculpa...


Sempre precisei de uma grande mochila pra ir...
Muitas foram as vezes que não fui, por falta dela!
Uma que coubesse, panos, comida e calor!
Uma que não se molhasse, nem se rasgasse com o tempo!
Onde coubesse também os sonhos de um velho infante...
Hoje a tenho!
Mas já não cabe nela, nem um pé dos meus passos!

Penas modernas...


Nunca imaginei fazer uma caneta secar ante as minhas palavras...
Sempre sumiram de mim antes que acontecesse...
Ou por mal cuidado, ou por mal escrever!
Hoje sequei, depois de velho; minha primeira caneta!
Canetas secas!
Não tem serventia senão o lixo!
Que criaram, ou pra onde vão?
Cismando penso:
Ou essas canetas de hoje, já não embarcam qualidade,
ou estarei eu a me transmutar num escritor? ...
- Prefiro acreditar que nem canetas eram...

"Todo palhaço é triste"... ! ?



O amor é como palhaço,
nos faz rir, nos emociona!
Nos leva de novo a meandrar em nossa infância...
Onde sonhos ainda se insistem vivos!
Fala verdades em meio à brincadeiras!
Nos faz também fantoches de narizes vermelhos...
Ou com os seios da face amarelos de guache,
à esconder nossa timidez!
As vezes vem monta um picadeiro,
saltita sobre as muitas histórias que correm ali...
Solta nossos suspensórios, e com calças arriadas nos põe a correr...
E a brincadeira que parecia instar...
Deixa de ser riso!
Pra chicotear o ar, numa tentativa louca...
De amansar os leões que entram à seguir...

...

A platéia que antes sorria,
agora emudece de medo e perplexão!
Ainda bem que existem a dança de águas e luzes!
Os equilibristas que nos fazem suar!
Os mágicos que nos fazem esquecer!
O cheiro de pipoca que fica a contentar sua presença...
E as maças, que até ja foram "do amor"
... E no bilhete que volta amassado pra casa,
protegido por bolso e mãos insistentes...
Estará escrito o quanto nos custou...
Vir e estar ali, vendo um palhaço à brincar de ser feliz!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Preso...




A folha sempre foi-me medida!
Pra não ficar longo, nem curto demais...
Pra gerar vontade de acabar o que começou-se a ler!
Talvez por isso, eu não escreva contos...
As vezes me parecem longos demais!
A folha me fala, que tenho que alcançar esse cume em trê linhas!
Por isso sofro!
Embora liberto em idéias, me aprisiono em linhas!
A tentar descrever vida e amor...
Que nunca couberam em lugar algum!
Até o coração já as enxotou... Por isso por aí, tantas histórias!
Mas me aprisiono sem grilhões,
é apenas por querer!
É acreditar que dentro desse espaço; exista tudo o que procuro...
vida!
Amor!
História!
Essas linhas acabam por tornarem-se o meu caminho...
Começo e fim, vistos duma olhada...
Sou um prisioneiro fácil então!
Linhas e canetas quase sem tinta, fazem meu limiar...
Acredite...
Existem prisioneiros felizes!

Livros...




Quando chega a noite, eu me perco em livros...
Fico pensando se há vida, fora dessas páginas...
E madrugado, só penso em voar...
até o fim, ou começo de outra história;
que por fim, há de me ler por inteiro!

Varandas e quintais...


... Moro numa mansão de 30m2, com som ambiente que vem do bar ao lado;
E que me faz ter saudades do silêncio...
Que me fazia embrenhar por páginas de livros, que insistem-se empilhados por aqui!
Ando sonhando com um quintal...
Onde caibam minhas mudas e minhas falas!
Uma toalha estendida ao sol...
E onde o vento possa vir e voltar depois!
Onde num canto qualquer possa plantar rabanetes e morangos!
E misturá-los de propósitos em saladas e sobremesas...
Aqui cabem sonhos e medos!
Alegria e tristeza!
Caminhos e trilhas... Ir e vir... Acreditar e duvidar!
Penso que em muitos outros lugares cabe tudo isso...
Vou morar por aqui algum tempo!
Mas não vou deixar de sonhar...
Com quintais... Varandas... E tudo o mais!

domingo, 30 de outubro de 2011

Sob a lua...


Sai a ver a lua.
Ela me disse, que sob as sua vistas, alguém pensa também em mim...
Quem sabe?
Não há saberes!
Só existem sentires!
A penumbrar em noite, essa vontade de luar!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mineiro...



Um mineiro nasce com montanhas em porta retratos gigantes!
Cresce com o sonho de ver o que existe além delas...
Apazigua-se à beira de regatos... ou num cimo qualquer!
Mas morre silente à margem de uma grande cidade...
Se um prédio à frente abrevia o fim do seu olhar!

...


Eu sorri pra ela,
e ela se desfez em mim.
Levou-me à beira do caminho... Precipício!
Sem saber notá-la vi que não a entenderia,
são tantas as facetas dessa moça!
Desnudada ou em panos rotos, ainda assim me causa aflições...
Não é que não goste de me achegar a ela...
Sinto seu perfume de longe, e ela sabe!
Enamoro-me dela vez por outra!
As vezes de manhã, repetindo-a no luar...
Pisa no sangue que já verti,
e ao meu coração impede de se achar!
Nessa brincadeira de esconde e só!
E eu menino desabado em lágrimas, suplico-lhe:
- Não faz assim, saudade!

... Meu irmão sofreu um acidente automobilístico ontem... 21/09


Calei-me diante da vida hoje!
De novo ela veio assustar-me!
Quase levou um meu irmão...
Acidentes acontecem mas não os imaginava tão perto...
Volto a pensar no tempo...
A repensar escolhas, a tentar relembrar vislumbres esquecidos!
A linha tênue de vida e morte, insinua-se todo dia à todos!
Só nos damos conta desse flerte, quando já quase não existe escape!
É realidade dura e fria, a nos mostrar novamente,
que a vida vale muito, mas pode perder-se por muito pouco!
Ah! meu grande irmão... Reaja a tudo isso!
Desfaça-se dos medos e das loucuras de todo dia, e viva!
Ainda espero rir muito de suas histórias!
Subir montanhas e frestas contigo!
Fazer história, prá contá-la depois!
Um vinho à sua vida!
E um brinde à sua alta!
E que seja nas maiores das "alturas"!

Construindo uma poesia...(será?)...


À boca mais linda que já vi por essas bandas...

Meu coração tomou a dianteira...
Parece já descendo sem freio uma ladeira...
Olhei-te uma vez... Derradeira!...
Me encantei desde a primeira!
Vieste sorrateira... como uma posseira!
Derramaste um vinho bom dessa videira!
Já pareço conhecer-te, tão faceira...
Sei não és uma montanheira...
Mas imagino-te tão mineira!
Nessa bagunceira,
morre meu coração. Espetado assim por essa bandeira!
Que veio certeira...
Que Deus assim não queira!
Pois te amaria de sábado à sexta-feira...
Vou insistir nessa besteira, não seria coisa passageira!
Mesmo sabendo-me um "sem eira nem beira"...
E você me olhando como gata borralheira...
Um olhar que esconde fogo e fogueira!
Sei, não me contentaria só com sua boca...
Ia querer-te todo o dia, por inteira!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Super...

Enamore-se pelo VILÃO que existe em mim...
Só assim o HERÓI acontece!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um brinde!



... Sempre tive problemas, quando meu coração pedia uma taça de vinho em plena segunda-feira, como hoje!
Me sentia estranho! Parecendo um ébrio em mais um dia...
Mas aos poucos fui mudando...
Deixando meus medos de lado e minhas culpas pra trás!
... E se hoje, querer beber um vinho na segunda me causa algum desconforto...
Transfiro o momento pra terça...
...
...Mas isso; só se não chover!

( ....... )


...Sei que estou à flor da pele!
Não tô podendo estar muito ao sol, nem a nada que queime!
Seja por dentro ou por fora!
... Meus olhos vislumbram luas cheias todas as noites, e elas só querem vir no seu tempo!
... Minhas mãos querem colher frutos que ainda verdes, amargam!
...E minha boca, quer beijos de língua, que ainda estão na face!
Será no vácuo o calor não se propaga?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Minhas palavras....



Minhas palavras vez por outra me traem...
Minhas pequenas obras tornam-se maiores que o artista inquilino do meu peito!
Então pareço-me mais forte do que realmente sou...
Sentem-me mais presente do que finalmente estou...
Olham-me mais perto do que infinitamente vou!
Talvez esta seja a grande magia da arte...
Conseguir transformar um ser qualquer... Num eu melhor...
Um ontem que já foi... Num amanhã que pode acontecer!
Se realmente sou...
Se finalmente estou...
Ou se infinitamente vou...
Não serão as palavras a dizer!
Será você a escolher...
Se me quer assim, ou como um dia poderei ser!..

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Nossa História...



Existiu um pouco de você em mim...
Por um tempo longo me deixei partir!
esperava um dia sim, regar em meu jardim,
uma nova flor, que um belo dia, viesse de novo a florir!
Mas passou o inverno, que levou pra longe de nós dois.
Tudo o que restou, e a saudade que sobrou...
Hoje ha um canto, e uma história prá contar...
Nossos ais se despediram e não podem mais voltar!
Não existe mais espaço pra nós dois...
Não existe nada agora, e não vai haver depois!
só ficou o vento a sussurrar...
Uma brisa leve, e me deixei levar!
Houve um tempo sim de mansidão...
De alegria que as vezes vinha visitar.
As lembranças vão ficar no coração, e não em vão...
Pra mostrar que foi real quando eu contar!
Te desejo um caminho novo ai...
Que consigas ser feliz como vou ser...
E que o tempo apague em mim "os teus sinais"
E que um dia esse jardim volte sim a florescer!
Hoje existe uma vontade de amar...
um novo amor, quem sabe voltar à sonhar!
Novo canto, que o mesmo vento vai levar...
E ao meu coração dizer: Pode acreditar!

Meu caminho...



O que meu pai já me dizia:
Que eu seria o "tempo" que ele não queria...
Talvez resvalasse na sorte que a vida assim dizia...
Que o tempo seria bem mais do que valia!
Sou o que me apronta a vida.
Ou o que me mostra pra que seria?
Se o tempo, se a vida, sei lá... Já não sabia!
Se vivi anos em um dia...
Se vi passar "natais", sem saber se papai noel realmente existia!
Sei me falta uma presença...
De alguém que eu nem sabia!
Solos, histórias... Que mais eu contaria?
Então aqui nesse meu dia...
Minha vida...
Minha história...
Que nem mesmo eu sabia!

"........"

... Me meti a fazer poesia hoje...
Queria falar de coisas antigas, que mexessem com a memória e a ilusão que ainda resta nos anciãos...
Me meti a contar histórias novas, tentando iludir a mente adulta das crianças...
Me meti a cantar canções em novos tons...
A fazer versos sem a pretensão da rima ao final...
Me perdi nessa trilha...
Tento voltar...
Ouvir de novo as histórias contadas pelas avós, aos pés de um fogão à lenha, sem preocuparem-se se os meninos com suas mentes lúcidas, dormiriam bem no escuro, depois!
Tentei aprender os hinos dominicais, sem sofrer desafino...
Talhar o pé num caco de vidro, pra lembrar a dor de uma anestesia e costurar as peles já mortas!
Me meti a fazer poesia hoje...
Não consegui, eu sei! ...

General Custer

George Armstrong Custer, conhecido como General Custer

Na Guerra de Secessão, destacou-se como um agressivo oficial de cavalaria da União, alcançando o posto temporário (brevet) de general de brigada de voluntários com apenas 25 anos de idade. Teve um papel de destaque em várias batalhas, como em Gettysburg, o maior combate daquela guerra.
Em 1866, foi nomeado tenente-coronel, sua patente final. Lotado no recém-formado Sétimo Regimento de Cavalaria, tomou parte nas guerras Indígenas.
No dia 25 de junho de 1876, acabou por encontrar a morte na famosa batalha de Little Big Horn. Entre os líderes indígenas, estavam Touro Sentado, Cavalo Louco ou Cavalo Doido, Galha e Duas Luas.
Comandando cerca de seiscentos homens, Custer dividiu suas tropas em quatro colunas. Uma, comandada por ele e as outras, comandadas pelo major Reno, pelo capitão Benteen e pelo capitão McDougal.
Dando início ao ataque, Custer tentou cercar a aldeia atacando em vários pontos, o que acabou por decretar sua derrota. Além de a aldeia ser enorme, com cerca de 10 000 índios, com 3 000 ou 4 000 guerreiros, seus comandados, principalmente Reno e Benteen, desobedeceram suas ordens e o abandonaram cercado com cerca de 210 homens.



... Cabelo Amarelo, lutava com índios!
Se havia história americana nessa brincadeira, eu nem sabia!
Eu, era louco, pela carroças, pelas caixinhas com rifles, pelos índios com suas machadinhas e pela surpresa que podiam imprimir; disfarçados de "vento que sopra ligeiro"...
Um dia vi a brincadeira de um amigo...
Gunsmoke, era o nome dessa frivolidade!
Meu General Custer e seus cabelos amarelos, e seu exército de loucos morreram todos nesse dia!
Os que sovreviveram, prendi-os todos!
Na cadeia mais próxima que encontrei...
Na rua de baixo, na casa do meu amigo...

sábado, 1 de outubro de 2011

As cores do mundo...


Me perco nas cores!
Meu azul, ora claro, ora escuro... Foge às minhas vistas!
Deixa o vazio manchado com vermelho sangue...
O cinza das grandes montanhas que me cercam, funde-se ao verde das grandes árvores que moram aos seus pés...
E o azul dos seus olhos... Mergulha em mim...
Já nem preciso mais do meu!
E no fim, com pote de ouro ou não!... Tudo acaba arco-íris!...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ensaios de uma infância...



...Conta em barbeiro!
Penso; só meu pai teve!
Eram tantos os meninos! Tantos cabelos cortados e varridos ao chão...
Na subida de casa morava esse artista!
Deve ter feito fortuna com nossos cabelos!
Não fiz as contas ainda, mas; tantos cortes, de tantos garotos, por tantos anos! Alguns cabeludos outros nem tanto, mas eram muitos; seis com meu pai! Que hoje ainda é um menino!
Tinha que haver uma conta, afinal não se tinha dinheiro à toda hora, nem naquele tempo nem agora!
Talvez hoje houvesse uma maquininha de débito!
Me lembro bem que ardia em meu pescoço uma água alcoolizada, que após o corte denunciava cada erro daquele maestro de nossas cabeças!
Eu não gostava! O corte rente denunciava que havíamos passado à pouco por esse "salão de beleza"...
Não sei porquê? Sentia vergonha de me sentar ali, ver passar do outro lado, a garota mais linda da rua!
E eu ali! Sempre a mesma cadeira! Sempre o mesmo corte... Nossos cabelos nunca nos permitiram, grandes "nuances"...
Deve ter feito fortuna sim!
Com nossos cabelos e com nossos "ais"...

...........................

... Me apaixonei aos 12!
Era como morrer quando a via!
O ar faltava, a mão suava fria!
Não era coisa fácil para um menino, olhar nos olhos da guria!
Esse tempo passou! Levou a loucura e a morte que insistia!
Mas naquele tempo, morreria por ela... Mas ela não me pedia!

...........................

...Já fui feliz um dia!
Não essa felicidade de hoje, que depende de tantas coisas...
Mas felicidade juvenil, que chama o mundo à ver!
Lógico; havia um presente por trás dessa alegria...
Era uma espingardinha de rolha!
Seus projéteis nem tão longe iam...
Mas era meu aquele artefato bélico...
Um dia perdi as rolhas...
Ai virei um "pacifista"...

...........................

... Um dia levei uma surra!
Motivo: Desligar o relógio da casa da diretora de minha escola!
Era na subida de casa, bem em frente onde meu pai trabalhava!
Me lembro que doeu, mas não fui eu!
Nesse dia fugi de casa!
... Juntei minhas coisas... Poucas!
Bolinhas de gude, e algumas moedas...
Juntei tudo num saco grande, que cabia nas mãos!
Morei por um tempo (3 horas), debaixo do primeiro beliche que encontrei...
Só não fui mais longe, porque não havia ônibus que passasse na minha rua...

............................

... Já fui aviador!
Santos Dumont namoraria meu círculo de amizades, se vivo ainda fosse!
Mas um dia sumiu a cordinha que fazia meu avião voar...
Então resolvi colocar os pés no chão!

Tributo à Ana Miranda

... Conheci Ana Miranda já ha algum tempo...
Conheci-a quando descobri "...Que o lugar onde estaremos... sempre será o lugar que somos..."
Hoje resolvi procurá-la... Só pra descobrir que ela tinha um blog, no qual já não vai mais escrever...
- Só por um tempo! ... Como ela mesmo disse...
Quer voltar à ler mais... Quer voltar a escrever os livros...
"Que estão ficando velhos de tão inacabados!"...
Que azar o meu, pensei!
Justamente agora que iria me enamorar por ela...
Quem sabe se a conhecesse em outros tempos... Nos enamoraríamos de verdade!
Trocaríamos beijos entre poemas...
E faríamos amor entre um soneto e outro, ou num conto qualquer...!
Ah Ana, por que foi assim sem me ver...?
Sem olhar meus olhos e decifrar o que tento escrever...?
Conhecer você, só fez maior a saudade que dentro de mim já era grande há muito!...

Para um grande amigo...


... Já viajamos juntos, nas águas do sítio do seu Mané, avô desse meu grande amigo. Crescemos entre plantas aquáticas e o não saber o que era "Nefrite"...(eu não sei até hoje!)...
Um dia meu amigo sumiu! Parece que virou hippie...
Não sei se não gostei! Talvez eu não estivesse preparado para o que vi!
Mas o tempo ajuda a gente a entender tudo!
Ai me aparece o cara, do nada... querendo ser meu cunhado...
Foi difícil admitir, meu melhor amigo paquerando minha irmã...
Mas sou desses que relevo!
Troco lembranças por um novo abraço!
Kuke pintou assim pra mim!
Difícil assimilar isso tudo! Amigo, cunhado...Juiz!?
Já passamos por muitas, e haveremos mais... Quero-as todas!
Hoje entendo tudo:
Meus heróis não morreram de overdose; e não são meus inimigos que estão à poder...
Meu amigo...Cunhado...Padrinho de casamento!
Você ainda é um dos poucos com quem eu gostaria de me reunir...
Na Sala da Justiça...
Te amo! Sempre!
Grande abraço!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Para os amigos de verdade, que ainda estão por ai...

...Por onde andamos todos nós?
Quais caminhos escolhemos que nos levaram assim pra longe, uns dos outros?
Houve noites nesses dias, em que não se dormia a alma dos poetas, dos artistas, dos sensíveis e dos que exalam alma branda!
A estes não foi dado o dom de dormir em paz!
Houve saudades e vontades!
Chôro velado pelo silêncio...
Por onde andamos nós?
Lembranças que não queriam ir...
Lições que aprendemos com o tempo que passou!
Hoje , todos homens!
Eu, ainda menino, me pergunto: Vou brincar com quem? De ser feliz!
Mas a vida é tudo isso, e sei muito mais!
Guarda segredos dentro de malas grandes e velhas, que as vezes nem queremos abrir!
São como fotografias, antigas de papel, amarelando-se com o tempo...
Até que mãos ávidas e desavisadas, volte a lhe botar os olhos!
Mas não queria falar do que foi... Ou não queria tentar relembrar o que não foi!
Queria dizer-lhes amigos, à todos vocês!
Que esse novo momento é único, inexplicável, inexprimível... Memorável, como todo momento com grandes personagens tende a ser!
Agradeço a Deus por me deixar fazer parte dele, por poder vê-los de novo!
Por ter a coragem de dizer-lhes que cada um de vocês é eterno!
Porque o que se marca no coração, onde corre sangue e vida...
Não há tempo que apague!
Não há noite que escureça!
Nem haverá dia que seja mais claro!
É um preço que não se paga!
Uma légua que não se mede!
É um canto rouco, que por mais belo que seja... Nunca, nunca mesmo conseguirei explicar!
Dizem que a paixão é loucura!
Mas foi a expressão mais perto que achei, pra tentar definir isso tudo aqui!
Bom vê-los!
Bom sentí-los!
Vai doer eu sei, quando tiver de novamente deixá-los!
Saberei onde guardar as malas, mas não as saudades!
Por onde andamos todos nós?
Posso ver hoje, olhando os olhos de cada um...
Que não fomos à lugar algum...
Estivemos sempre por aqui... E continuaremos todos!...

"........"

"...E quando ali retornarmos
Verás que nunca nos fomos
Pois o lugar onde estamos
O lugar onde estaremos...
Sempre será o lugar que somos..."
Ana Miranda

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quase reencontro




Para João Ricardo e Dalva

As Palavras quadriculadas pelo sotaque telefônico.
Me fizeram acreditar de novo na amizade...
Num querer sem medida nem pretensão...
Velhos amigos ao telefone, ha muito não os vejo!
Ele diz estar emocionado por falar novamente comigo!
Eu acredito!
Volta-me tudo: Cenas... Palavras... Acontecimentos!
Sempre fui um admirador de vocês!
Devia ter-lhes dito isto alguma vez!
Mas faço-o hoje!
Só que aí brota no peito uma saudade...
E uma vontade de ir... Junto com meu coração que à galope parece querer ir embora!
Sou um felizardo eu sei!
Tenho amigos que não cabem no peito, nem nas palavras!
Não são muitos, mas são caros!
Sei, as vezes não lhes dou a atenção devida...
Coisas da vida...
Cada um correndo atrás dos seus problemas...
Porque, emas todos temos!
Marcaram a passagem,...
Deixaram tótens à mostrar caminho...
Quero reencontrá-los...
Beber dessa fonte de vida que nasce de vocês!
Ouvir novamente as histórias... e Gostar!
Recostando a cabeça num sofá amigo, e pensando:
A felicidade mora é aqui!

domingo, 7 de agosto de 2011

As Guerras...

...
...Correm os meninos grandesatrás dessas novidades.
Com boca ávidas pelo gosto que trazem...
E assim as fortunas mudam de mãos com o tempo...
O marketing fazendo seus novos ricos, emergentes nascidos de ovos dinossáuricos!
Estamos vigiados todo o tempo por essa mídia, que escolhe por nós!
"Por mim não"!
A minha mortadela ainda tem marca, não importa se comum ou defumada; tem que ser MARBA...
A Marbarata!!!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Vinho...

O vinho distingue o homem...
Ora por fala mansa e pensada, sobre taças de cristal.
Ora por olhar ébrio que nada vê!
De alguma forma, esse deus róseo que existe nele...
Instila a distinção entre os seus...
E aqueles outros, a quem apenas visita!

...

Lavo minhas peças aqui...
Rotas pelo tempo e pelo uso.
Sobra-me água barrenta!
Lanço-a ao primeiro ralo que encontro...
Vai-se assim a minha história...
Lavada por sabões cada dia mais limpos!
Até às imensas cavernas do esgoto urbano...

Todo dia...

...Envolvido pela vida.
Transcendo todo dia entre as dimensões que aí estão!
Olho a andorinha que por forças, já faz verão sozinha!
Escuto o bater de asas do beija-flor que sempre vem dar aqui,
já preocupado em visitar outras varandas...
As formigas que vagueiam pelas veias das paredes me preocupam.
Penso se um dia não me levam junto em seus caminhos...
As largatixas, deixo-as em paz!
Ao menos me rasgam as teias que a semana prooduz!
O pó que descansa silencioso sobre o plano das superfícies,
vez por outra mostro-lhe o caminho...
...
E as mulheres, evito seus olhos;
apenas pra não ter que explicar o que vi!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sobre telhados....

...Felizes devem ser os gatos...
Vagueiam à noite por telhados e quintais alheios...
Ágeis como todos queríamos ser...
Só fazem barulho na hora do amor... Mas isso todos o fazem...
Só pegam "gatas"....
...De manhã quando voltam pra casa, pão e água lhes esperam...
Um ronronar e roçar em pernas já lhes garante carinho...
Felizes devem ser os gatos...
Acho que só não o são mais, por terem donos!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

SILÊNCIO...

O silêncio corta a alma feito um fio de navalha que transpassa a carne...
É como se um frio invadisse o peito e a sensação de solidão viesse habitar meu corpo.
Os olhos turvos pela saudade insistem em procurar a coisa amada mesmo sabendo que em meio à escuridão ela se esconde, pelo medo maior de se expor.
Calmamente aguardo o tempo...
Amigo de todas as horas... De todos os amores...
Só o tempo pode estender a cama, fazer as malas e dizer "É hora de ir".
Hora de ir ao encontro de quem se ama.
Hora de ir para o alto dos montes de nosso coração e pensar no que nos traz paz.
Pensar no amor sincero e gratuito que se tem.
Só o tempo entende a alma que chora por não poder realizar seus desejos mais íntimos.
Só mesmo diante das constelações é que, perdida em pensamento, eu te encontro no brilho das estrelas...

Sorrindo pra mim e dizendo que me ama.
Pra sempre!...

01/03/2010 - Nani Fonseca

sábado, 23 de julho de 2011

La vem ela, a lua, da minha sala....


Ela me namora todo mês...
Vem de mansinho traz os montes...
Eu todo apagado, me vejo banhado de luz.
que entra em minha sala e fica.
Pensei em lhe cantar uma canção, mas tantos já o devem ter feito! Não queria ser mais um!
Me contento em aprecia-la! A lua, da minha sala!
E la vem ela mais uma vez...
Como quem prometeu voltar e veio!
Apago tudo! Pra que sua luz penetre atrás até de cortinas.
E faça sombra daquilo que não quero ver!
A lua da minha sala, some de vez em quando!
É comum aos especiais...
até prá deixar saudades!
Mas eu firmei um caso com ela, não assumi compromisso, mas ela assumiu comigo!
Todo mês, durante alguns dias...
Ela invade a minha sala...
E me enche de luz!
A lua, da minha sala!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Amálgama

" Apertemos os laços.

Viver é breve.

É bom que sejamos unidos

inseparáveis como a matéria do barro.

Os homens são tão sozinhos

Envelhecem cedo

secam passas de amargura.

Nós não.

Temos muitos dedos para o carinho.

Todos os dentes para o sorriso.

Apertemos os laços.

É preciso."


Rita Monteiro

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Falta...

Senti falta do que não vi...
Sozinho solucei entre o divagar e devagar...
Ao longe escutava uma cantiga de ninar.
Quem sabe alguma mãe terna, fazendo filho dormir...
Acabei embalado também nessa sonoridade muda!
Fui dormir sozinho de mim também... Não me queria por companhia!
A espera de que meu telefone tocasse dizendo: Já são 6:00 Horas...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Hoje...

‎...Através do tempo, daquilo que se foi, ou não!
Das coisas que ficaram...
Das frases que se cumpriram e das que conseguimos esquecer...
A vida é feita disso:
Da soma das idéias...
Da divisão das fobias...
...Da subtração dos erros...
E da multiplicação das virtudes!
Sei, não pareço o mesmo hoje... Mudo, se faz frio ou calor...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Meu arco e flecha...

.....

Um dia me meti a fazer um arco e flecha....
Não era lá grandes coisas..., um pedaço de taquara amarrado com uma cordinha de jogar peão... Ela até que gostou de ser usada pra esse fim! Há muito esquecida embaixo do armário da cozinha, já cheia de pó e talvez até pensando em começar a se estragar; se viu novamente prestando a algo...

O alvo, era uma caixa de Omo total vazia colocada no parapeito de uma janela, nunca foi atingido pelo insomnium de qualquer Aquiles...As minhas setas mortais!
Um tio me vendo com aquele apretrecho de guerra, pronto à ir a batalha; me prometeu um arco novo, feito por gente grande, coisa de profissional!
Por muito tempo esperei aquele arco, sabia que com um arco desses poderia me tornar até um guerreiro...Meu tio viajava muito, ou são poucas as lembranças que guardo dele, na realidade não sei!. Sei que deixei de participar de grandes embates por falta desse arco.

Até que um dia me deparei com meu tio deitado na sala, embranquecendo dentro de uma caixa de madeira, imóvel...
Confuso sem saber o que se passava, perguntei a minha mãe o porque do choro...Não ouvi resposta!
Senti que alguma coisa muito séria havia acontecido
Naquela hora nasceu no meu peito, uma paixão por mim mesmo!
Sentimento esse que os poetas chamam de "egoísmo"
...E, imediatamente pensei no meu arco e flecha.............

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Só tenho pressa...

As 3 fases da vida:

1a - Você tem tempo... Você tem vontade... Mas não dispõe de dinheiro, ainda é muito novo!

2a - Você tem vontade... Você tem dinheiro... Mas não dispõe de tempo, trabalha-se muito nesta fase!

3a - Você tem tempo... Você tem dinheiro... Mas aí, você já não tem mais vontade!...

Talvez porque já se esteja velho pra tanta coisa, que se queira.
Talvez porque esteja doente e já não possa com pouco que se peça.
Talvez porque o medo te deixou atônito e perplexo nesse cruzamento da vida.
Ou, quem sabe ainda esteja confortável como está... não haja o que ser mudado!
Não quero perder vontade!
Ainda acredito que ela seja nosso equipamento motriz...
E,como diria Eistein: "mais potente que uma bomba atômica"...
Pense você sobre isso, e me diga o que quer de verdade!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Nostalgia...

...É a alma cobrando alguma conta que deixou de ser paga!...

terça-feira, 22 de março de 2011


Em minha caixa de correio ainda cabem a emoção de linhas escritas à mão...
Ainda cabem amigos que distantes vez por por outra mandam notícias...
Ainda cabem contas que nunca deixam de chegar!!
Cabem notícias que chegam em formas sem fim...
E cabe também os sonhos de um pássaro, que enche ali de gravetos!
Na esperança de um dia poder morar e fazer daquele espaço um ninho...
Onde caibam seus filhotes e a continuidade da sua espécie...
Me dói ter que frustrar os sonhos desse ser alado,
ao retirar la de dentro um emaranhado de pauzinhos, e tudo o que um pássaro usa pra se construir um ninho...

...Então fico na dúvida se deixo que esse pássaro escreva suas linhas dentro da minha caixa de emoções?........

Talvez um dia eu poste aqui o desfecho dessa história, ou bote uma carta no correio com frases dizendo assim:

"...Não se admire se um dia um beija-flor invadir, a porta da sua casa te der um beijo e partir, fui eu que mandei o beijo que é pra matar meu desejo, faz tempo que eu não te vejo ai que saudade sem fim..."

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A Velha Casa...

Uma casinha a beira do caminho, me faz lembrar que já vivi por lá!
Que os sonhos que sonhei, nunca canso de sonhar!
Pés descalçõs numa terra viva,]que pulsa e suja tudo que limpo não deve estar!
É a vida brincando no meu caminho!
E nesse quintal de laranjeiras, horta e jardim.
Vive um sonho que a beira do caminho...
uma casinha, se fez lembrar em mim....

domingo, 2 de janeiro de 2011

Morrer aos poucos...

Me fiz essa pergunta hoje...Não encontrei resposta!
Seria usar meu corpo, em tantos prazeres que o mundo oferece?
Seria trabalhar como doido, a procura do lugar ao sol?
Seria pagar as contas em dia?
Seria deixar que o estresse tomasse conta do meu ser, por tantas responsabilidades?
Todos morremos um pouco a cada dia!
Tai um ano novo, "nos fazendo pensar e tentar acreditar que tudo vai ser diferente..."(Carlos Drumond)
Será mesmo?
Será que nossa morte diária, sem a qual não saberíamos "viver"...Nos deixaria aproveitar o dia!?
Sinto falta de olhar a lua de vez em quando...tenho-a como amante, mas a tenho visto pouco nesses dias!
Sinto falta de escutar o vento! Tenho-o como amigo intimo, mas o tenho ouvido pouco ultimamente!
Talvez quando suba a Serra e goste de estar por lá, seja por lá encontrar; amigo e amante...Talvez por não ter outras coisas a se fazer, talvez por não estar tão envolvido com promissórias que a vida nos cobra vez por outra acabe por dar atenção à eles...Talvez por isso tenha me sentido feliz ali, tantas vezes!
Gostaria de acreditar nas palavras que digo a mim mesmo quase todos os dias! Acreditar do fundo da alma! Sem debater-me em dúvidas! Que há um sendero pra todos nós, pra cada um de modo particular! Que nesse caminho haverão pérolas, e que elas me serão um dia ofertadas!
Morrer aos poucos, talvez seja isso. Perder um pouco dessa força todo dia! Olhar ao lado, e não ver ninguém...
Saber-se sozinho meio vivo, em meio a uma multidão de mortos!
Não ligo por pensar assim! Sei me contradizo a toda instante! Tento me refazer procurando "uns olhos onde eu possa imaginar" (Reynaldo Bessa)...
Não sou assim todo dia! Mas hoje senti-me morrer mais um pouco! Não que isso me preocupe...Me preocupa é não ver a lua, não sentir o vento...Não escutar o que as pessoas dizem, quando não falam nada!
Morre-se assim aos poucos todo dia! Todos nós!
Que faremos a respeito? Mudaremos o mundo? Acordaremos a todos?
Ainda não sei resposta! Acho mesmo que nem vou tê-las!
Não as quero também...não mais! A vida está ai, amanhã, tudo de novo! Se morreremos se viveremos, ainda não sabemos, pois amanhã ainda virá!
Para os que querem viver, será vida! Para os que não querem pode ser a morte de todo dia!
E para os que não sabem, ou estão perdidos em devaneios como eu...pode não ser nada!
Mas eu quero viver! Por isso teimo com a morte todo dia...lembrando-a que mesmo meu lugar não sendo aqui, ainda quero estar! Ainda tenho muitos amigos a fazer! Ainda ver meus filhos crescerem, mesmo que à distância! Ainda fazer amor com a lua...e sussurrar-lhe poemas loucos! Ainda velejar num mar bravio, sem medo de afogar-me! Ainda fazer aquela viagem sem destino, que me levaria a lugar nenhum...
Ainda aprender muito com os loucos...Ainda cantar muitas canções e deixar que o vento as levassem embora, pra tão longe que já não poderiam mais voltar!
em 2011, vamos morrer todo dia um pouquinho...
Mas podemos viver muito se quisermos...É nisso que quero acreditar! E sei vai depender só de mim...

...Gabiroba....

Tenho uma amigo, que atende pela alcunha de Gabiroba...no diminutivo "Gabi"...
Parece engraçado, mas não é faz anos que não o vejo, sinto sua falta! Muita!!
Foi meu colega de ginásio, meu sócio, meu padrinho de casamanto...o que restou foi a amizade que nem tempo, nem distância vão diminuir! Ele sabe disso, eu também...e isso basta!
Mas as conversas eram boas...falávamos e ouvíamos os dois...
Caminhadas longas fizemos a uma serra amiga...quantos porres! Quantas conversas que deram no nada! Mas quanta amizade exisitia ali...
Sei poucos vão entender, ele vai com certeza!
Por isso deixei seu nome escrito, pra que saiba que foi pra ele que escrevi!
Dizem que amigos, a gente não escolhe; a gente é escolhido!
Obrigado Matuk.

Novo amor....

Acreditei em um belo dia, poder ter-te...não sei se sonhei! Me pareceu tão vívido e lógico que já não sei...
Mas tempo e distância, me fazem perder a fé naquilo em que já acreditava!
Você tão linda, tão igual as "minhas lembranças"...
Vou apostar que possa ver-te novamente!
Olhar nos seus olhos pra ver o que dizem...
Pareço louco vez por outra, mas como diriam: algumas coisas, só os loucos sabem!
Por isso vou esperar! correio, e-mail, telefone...não sei qual mídia irías usar...não sei se as usaria?
Mas me prometi estar aqui a espera desse amor, até então "possível"...
Pra quê?
Pra voltar a acreditar...pra voltar a perceber os sonhos...e tentar realizá-los...
Pra onde iria? Não me interessa!
O que faria? Muito menos!
Ter alguém pra quem ir, já seria o bastante!
Por isso vou te esperar...Só não demores muito! Cada minuto...ficamos mais velhos um para o outro...cada dia, deixamos de viver coisa nova...!
Estarei assim...como nino a esperar brinquedo novo, debaixo da grande árvore toda enfeitada!
E se eu adormecer; por favor me acorde!

Amigos...

Acabei de conversar com um amigo ...
Meus créditos não me deixaram falar-lhe mais...mas foi bom, estar com ele por minutos...
Os amigos me fazem falta!
É que eles não sabem o quanto, senão viriam todos....(rsrsr)...
Mas é bom que seja assim...que eles estejam por ai..vou até eles algum dia!
E nessa caminhada de regar-lhes e ser regado...vou florescendo como planta! Mostrando os brotos, as folhas que caíram...os frutos que mataram sede e fome...
Estar por ai...é o caminho...num belo dia, todos nos acham!

Perdas e Danos...

Assisti ha muito tempo atrás um filme...que tinha esse título...aliás quem não o assistiu assista.!..
Não quero falar sobre o filme, queria apenas usar o "título"...

Meu amigo perdeu em 2010...pai....tio...amigos...
Meu colega de trabalho, o "andar"...acidente vai deixa-lo na cama por ano e meio...
Meu vizinho, perdeu emprego! E sei lá não o tenho visto mais, parece que nem esta saindo de casa...falta-me coragem de ir lá, e não ter o que dizer!
Muitos como eu, perderam a coragem....
Deixaram de acreditar!
Outros tantos, perderam a saúde...começaram a viver em "fios"...que de tão finos, pareciam linhas da vida e da morte...!
Eu também perdi em 2010...
Perdi uma bota de caminhada de 400,00...não vou deixar de ir por falta da bota...vou de tênis...vou descalço...e lógico que perdi coisas mais importantes, só não quero citá-las aqui...pra não parecer lamento!
Todos perdemos algo, todo dia....
Penso que a vida se resume nisso: Em como lidamos com as perdas, e também com os ganhos...
Eu particularmente não sei muito bem lidar com isso tudo; perdas me deixam tristes, ganhos, as vezes alegre!
Sinto falta dos meus filhos....!
Disse que não ia falar sobre isso...mas não tem como...Do tomar café da manhã...de levá-los à escola...de pouco conversar com eles!
Sinto falta dos pedidos deles pra fazer-lhes "cosquinhas" (em Minas falamos assim!)...sinto falta!
A sala ficou vazia por muito tempo, na esperânça de que os móveis voltassem, e que junto deles viessem amor, filhos, alegria...esperei em vão...não vieram nem um nem outro... Por isso me mudei! Não conseguia mais vislumbrar tanto eco!
Já me haviam avisado que "haveriam dias maus e que não seriam poucos..."
Então...revendo 2009/2010...todos perdemos algo!
Por isso 2011
me parece um ano bem vindo!
Tô aprendendo a lidar com tudo isso...
Acho que todos estão...
Então aprendamos a lidar com os "ganhos"...porque eles certamente virão!
E ai? Como lhe perguntaria Paulinho Moska: "O que você faria!?"
Que venham os ganhos...que saibamos interpretá-los todos...e que eles ocupem o lugar de algumas perdas...Todos merecem o sol e seu calor!
E olha só...estou por aqui!
qualquer coisa, grite, assovie....mesmo que não possa fazer muita coisa, eu estarei lá.

2011...venha como prometes-te!!!!