Delírio Bonardiano
Finco-me diante desse poço
Não saio até encontrar-te
Teus seios hão de atalhar-me o caminho
Pra essa loucura chamada amor!
Homens deram-se...
Guerras travaram-se...
Histórias fizeram-se!
Não cobra-se amor de um homem...
Não cobra-se poesia do poeta (...”que o ingênuo acha-se ser!”)
Não enfeita-se a trilha, pra que chegue!
É conhecido por saber-se postar.
Chega em silêncio. Vai-se com fúria!
Não se pode medi-lo!
Senti-lo já não sei!
É possível que alguém lhe cante mesmo sem entendê-lo!
Não cobra-se amor do homem!
É como mendigo ao portão, a cobrar da dona o pão!
Que no fundo não quer receber!
Gosto de pensá-lo assim incerto...
Como penha a escalar-se...
Como sol a queimar-se...
Como estrada sem fim a perder-se...
Gosto de sangue invadindo a boca
Querendo encontrar saída, que sabe-se não há!
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