Fisiologia...

As vontades que todos nós temos, sabemo-as todos.
Uns de ir, outros de ficar; outros tantos de nem pensar nisso, enquanto uns só pensam em morrer em versos.
Vontade pra mim, sempre foi força propulsora de vida e movimento!
Qual é a sua? Pelo que você vibra?
Uma das minhas muitas é estar aqui em formato de palavras, tentando me entender por inteiro.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Meus últimos programas...








Fomos eu Fatinha e Alexandre..., a idéia era estar em Ibitipoca, lá pelas duas horas da tarde daquela terça feira de setembro, para que desse tempo de armar barraca, estender lona, catar lenha, levar toda a tralha(que não sei como, mas coube dentro do fusca!), Etc.
Fatinha, grávida de Quatro meses... Alexandre com um ano e meio (só de vontade de fazer arte...), e eu munido de Quatro garrafas de vinho...
Nossa chegada até que foi dentro do previsto, depois de umas duas horas e meia montando “acampamento” (montar acampamento aqui implica em subir nas árvores para dependurar as maçãs e bananas, afinal lobo também gosta de bananas; levar de volta para o carro toda a comida que foi trazida, impedir que o Alexandre fure minha barraca novinha, que faz dois anos está guardada só esperando uma oportunidade como esta!), fomos tomar banho...( comentário à parte; não conheço muitos campings, mas comparando com os que conheci, o camping de Ibitipoca, oferece uma infra estrutura de tirar o chapéu: banho quente, comida de 1a , e barata – 1 PF de R$ 4,50 com empadão, salada de alface c/ tomate e o trivial, dá pra duas pessoas, cerveja gelada – nem por isso mais cara! -,e um atendimento de deixar saudades.) Demos banho primeiro no Alexandre, e enquanto eu tomava o meu, fui assaltado por uma gritaria que vinha do lado de fora, Dona....(esqueci o nome dela!), perguntando se havia alguém na barraca, como a resposta foi não, ela foi taxativa – Então é o lobo!
Descemos a escada que dá para a área onde estávamos acampados e qual não foi minha surpresa quando me deparei com a minha barraca (Novinha!), com a parte da frente toda rasgada; o lobo fez um rasgo do lado da porta, e ao entrar com aquele tamanho todo, foi aumentando o rasgo até quase o teto,(minha barraca foi literalmente estuprada!), ele ainda derrubou uma sacola que estava dependurada na barraca, mordeu uma lata de milho verde, furou uma garrafinha de álcool, e levou o pão Pulmann, que a Fatinha havia esquecido de tirar do bolso da barraca. (dizem que quanto mais cheirosa for a “coisa”, mais atrevido o lobo fica – disseram que ele fica louco c/ bolacha recheada!).
Depois de passado o susto, a Fatinha subiu pra tomar o banho dela, enquanto eu e Alexandre ficamos vigiando a barraca; quando olho para o começo da trilha lá estava ele; o lobo mais parecia um bezerro de tão grande e magro. Eu numa mistura de medo e vontade de ver, peguei o Alexandre no colo, e fui chegando perto... Ele ficou me olhando durante um bom tempo, depois saiu em disparada. Abri a lata de milho verde e coloquei na trilha e comecei a gritar para que viesse acabar de comer o que ele havia começado, e não demorou muito para que ele aparecesse, a essa altura eu já estava com a máquina fotográfica na mão e consegui tirar algumas fotos dele.
À noite fizemos um churrasco na porta da barraca... Como a Fatinha não estava bebendo, eu tomei duas garrafas de vinho. Antes de dormir delimitei meu território em volta da barraca (assisti a um filme no qual os lobos fazem assim, urinam nos limites do seu território, delimitando assim sua área!), eu, como a essa altura já estava me sentindo um verdadeiro lobo, não deixei por menos... E fui dormir tranqüilo...
Acordei no outro dia, e não conseguia me levantar, não tinha forças... (acho que foi o vinho!). O tempo estava tão fechado pela neblina que não se conseguia ver nada à partir de uns dez metros.
Então... Cheios de razão e já fartos, resolvemos vir embora. Pra trás ficaram: as cachoeiras que eu não conheci, 1,5 kg de Picanha que eu esqueci no freezer da dona.... (não consigo lembrar o nome dela!), e a saudade... Afinal esses são os tipos de programas que a gente nunca esquece!
Nota: estamos programando uma volta à Ibitipoca, só que desta vez vou levar mais alguém (pelo menos pra ajudar a olhar as crianças, ainda mais que agora tem também a Rafaela...), não vou deixar comida alguma dentro da barraca e vou conhecer as trilhas e as cachoeiras que até hoje só conheço por fotos...

Teco

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